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Faça revisões ATIVAS para memorizar melhor!

Por 31/08/2020setembro 3rd, 2020Dicas, Técnicas, Videos

Olá! Meu nome é Diogo Moreira, sou Auditor Fiscal da Receita Federal e estou aqui para te ajudar a sair dessa “vida bandida” que é estudar para concurso.

Existem revisões ativas e passivas. As ativas favorecem a memorização de longo prazo, fazem com que você demore mais a esquecer. Nesse vídeo, explico a diferença entre elas e, principalmente, como fazer revisões ativas durante seu estudo para concurso público! Confira!

 

Revisão Ativa.

 

Qual a importância de se fazer uma revisão de forma ativa, e não passiva? Como isso pode impactar seus estudos para concurso público? Quem está estudando sabe que a leitura, “pegar” a teoria, entender o conteúdo é muito importante, mas sabe também da grande importância das revisões periódicas.

Não adianta você ler uma vez para fazer uma prova daqui a um ano porque você vai esquecer. Então, você tem que, periodicamente, dar uma revisada naquilo que você estudou. Quais são as formas de revisão, o que é uma revisão ativa, qual a diferença entre revisão ativa e passiva?

Isso vai impactar a forma como você joga as informações para a sua memória de longo prazo de modo a evoluir nos estudos e acertar cada vez mais questões, ao invés de ficar simplesmente trocando informações velhas pelas informações novas.

Um estudo passivo é quando você não faz nenhum esforço, não toma nenhuma ação para desempenhar aquele estudo. A leitura, por si só, é um estudo passivo. “Diogo, fazer um estudo ativo é importante, então a gente não deve ler?”

De alguma forma você vai ler a teoria, mas é muito mais importante você agir ativamente nas revisões do que na primeira leitura ou no primeiro contato com a matéria. No primeiro contato com a matéria, você pode fazer uma leitura do livro, ou dos PDF´s online, ou assistir vídeo aulas.

Isso serve mesmo sendo um estudo passivo, é um primeiro contato e é uma forma de começar os seus estudos. Aqui entra o primeiro ponto polêmico dessa história: Resumos.

 

Escrever é uma forma passiva ou ativa de se estudar? Depende!

 

Se você estiver assistindo uma vídeo aula, resumindo o que o professor fala com suas palavras, dá a impressão de ser um estudo ativo, porém, você está fazendo isso na maior correria e você fica bom nessa arte de sintetizar o que o professor está falando.

Às vezes, você nem presta mais atenção no assunto, viajando em alguma outra coisa, e, ainda sim, está resumindo o que o professor está falando na aula. 

Isso vale para o material escrito, você olha para o livro e consegue escrever alguma coisa, mas na verdade está pensando naquele (a) menino (a) pensando nas férias e viagens e já não está mais prestando atenção na aula.

Isso não é um estudo ativo. Esse tipo de resumo que você faz distraidamente não é um estudo ativo. Além disso, este é o principal motivo pelo qual eu não sugiro fazer resumos: toma muito tempo. Você gasta um tempo mais do que o normal para escrever.

“Diogo, quando o professor fala, eu escrevo e não me atrasa em nada.” Assistir aula já é uma coisa lenta, você deveria assistir a aula na velocidade 1.5 ou 2.0 de modo a avançar mais rápido na matéria. Quando você ouve o professor falando na velocidade normal há um certo atraso nos seus estudos.

Existe um outro tipo de resumo que é ativo, ou seja, é feito a posteriori, você faz depois dos estudos. Preferencialmente no mesmo dia ou pode ser no dia seguinte. A ideia é a seguinte: você estuda quatro matérias hoje, algumas pela manhã e outras pela tarde, e à noite você faz um brainstorming, escreve tudo que vier à sua mente sobre o assunto que estudou no dia.

Primeira matéria: assunto tal tem tal conceito, tem essa lista de assuntos importantes, esse prazo, essa alíquota etc. Você coloca no papel tudo que consegue lembrar do que estudou no dia. Faça assim para todas as matérias.

 

Isso é sim um estudo ativo.

 

Você está forçando sua memória a lembrar do que estudou no dia, colocando no papel e tentando organizar os pensamentos. “Diogo, por que então você não recomenda fazermos isso aqui no seu canal para os seus alunos do Coaching ou da Comunidade Estudo Completo? Por que ninguém faz isso?”

Porque toma muito tempo. É muito difícil fazer isso diariamente. Você gastará de 20 a 25% do seu tempo de estudo daquele dia para fazer essa revisão.

Além disso, se você está começando a estudar para concursos e está nos primeiros meses (2, 3 ou 5 meses), você não vai lembrar de muita coisa, é difícil, você ainda está aprendendo a estudar, ganhando concentração, acostumando a estudar novamente (desde a faculdade ou escola que você não estuda) e vai ser altamente frustrante tentar fazer esse brainstorming no final do dia e não lembrar de nada.

Então, não sugiro fazer isso. É uma técnica de estudo muito boa, mas não recomendo para o estudo para concurso público. Ela é muito utilizada pelos alunos de Medicina, não pré-vestibular, mas estudantes da Faculdade de Medicina para decorar aquelas coisas impossíveis de toda Faculdade de Medicina.

Uma forma bastante ativa de se fazer revisão periódica, e é a forma como ensino meus alunos, é por meio de questões de concursos anteriores.

Hoje você tem centenas de milhares de questões de dezenas de bancas diferentes, de concursos diferentes e você tem acesso a elas facilmente nos seus materiais ou em sites especializados em questões de concursos, vestibulares etc.

 

É um farto material a sua disposição.

 

Fazer questões é sim uma forma ativa de estudar. Você está forçando a memória, está tentando fazer associações na sua cabeça, está julgando as alternativas comparando uma com a outra, tentando fazer com que aquilo faça algum sentido.

Isso é um estudo ativo, você está se forçando a fazer essas coisas. Mas, a forma mais pura de fazer testes seria o teste aberto, é ter uma pergunta e não ter a resposta explícita, ou seja, você tem que lembrar. Isso é muito parecido com aquele resumo que você faz no fim do dia.

Porém, no estudo para concurso, você já tem questões prontas e não tem o porquê de não as usar, elas funcionam. “Mas Diogo, a resposta certa está nas alternativas, isso não facilita um pouco?” Não facilita, porque acertar questão não é fácil.

Mesmo que ela esteja ali você vai ter que ler, julgar as alternativas, fazer as conexões e, isso sim, é uma forma ativa de fazer revisão periódica e isso favorece sua memorização de longo prazo.

Uma dúvida muito comum é: Diogo, legal fazer questões, estou treinando muito, mas e aquilo que não está nas questões? Tem algumas coisas no material que não costumam ser cobradas e se a banca cobrar isso?

Vou te dizer com bastante segurança que 90 a 95% das questões que a banca utiliza são de assuntos que já foram cobrados anteriormente. Quando você treina questões, você treina quase tudo que existe para ser cobrado e, principalmente, você está treinando o que a banca costuma cobrar.

Ao invés de focar nas exceções, naquele um ou dois pontinhos que ela pode trazer de surpresa, você focará naqueles 98 pontos que podem vir de uma forma razoavelmente previsível. “Diogo, e a discursiva? Fazer questões vai me ajudar a fazer a discursiva? Eu não preciso escrever?”

 

Calma!

 

Existem dois lados dessa moeda. Para fazer uma discursiva você precisa escrever, precisa treinar e existe toda uma estrutura de resposta (introdução, desenvolvimento, conclusão, coesão, coerência etc.), isso você tem que dominar e treinar a escrita.

Mas não é isso que você quer dizer normalmente quando me faz essa pergunta. Na verdade, você quer saber se treinar questões vai ajudar a lembrar dos detalhes para escrever. Digo a você que treinar questões é a forma como você irá pegar os detalhes.

Você pegará os detalhes muito melhor treinando questões do que fazendo resumos. Apesar de você estar colocando os detalhes nos resumos, eles são um estudo passivo e não favorecem sua memorização de longo prazo tanto quanto a resolução de questões.

Mas, é bastante interessante que você tenha todos esses detalhes separados e juntinhos em algum lugar. É importante que eles estejam de fácil acesso, principalmente, às vésperas da prova. A finalidade é pegar aqueles detalhes impossíveis, decorar, “jogar” na cabeça de qualquer jeito para fazer uma prova, por exemplo, daqui a cinco dias.

Eu sugiro a elaboração de resumos focados nesses detalhes. Eu chamo isso de cadernos de erros. Tem esse nome porque ele decorre das questões. Depois que você está avançado e está treinando questões de todos os assuntos (primeiro, segundo, …, último, volta para o primeiro e, assim, indefinidamente), você pega o que você está errando, observa, corrige, vê os comentários e aqueles que não consegue lembrar, jogue no caderno de erros.

Pegue as informações que estão nos erros que você está cometendo e coloque no caderno de erros. Seu caderno de erros será um material enxuto baseado somente nos seus erros. Nele você colocará todas as decorebas, todos os detalhes impossíveis, tudo aquilo que não entra na sua cabeça de jeito nenhum.

Com ele você dará uma boa revisada nos últimos dias antes de prova e chegará no dia lembrando de todas aquelas coisas impossíveis que não entravam na sua cabeça. Por fim, existe ainda mais uma ferramenta de revisão ativa que é muito poderosa e que decorre do caderno de erros.

Só falei dela agora de propósito. Você vai pegar seu caderno de erros, vai reler ele de vez em quando e algumas coisas entrarão na sua cabeça. Mas você se lembra que releitura é um estudo passivo, algumas coisas entrarão na sua cabeça e outras, não.

Para essas outras você pode criar Flashcards (fichamento), basicamente é um pedacinho de papel em que na frente você coloca a pergunta e no verso você coloca a resposta. Você olha para a pergunta e tenta lembrar, olha a resposta e verifica se você tinha lembrado bem ou não.

Tenho um vídeo que fala só sobre Flashcards e ele é sim uma das formas mais ativas de revisão e vai lhe auxiliar bastante para pegar esses detalhes impossíveis na sua preparação rumo ao concurso público dos seus sonhos.

 

SAIBA MAIS:

Ele acertou 95% das questões no concurso público

Os concursos estão voltando?

Ao vivo – Discursivas para concursos – com o Prof. Sergio Varella

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