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Como foi a minha posse como AFRFB? Conheça a minha história!

Por 14/09/2018janeiro 19th, 2019Dicas, Videos

Olá! Meu nome é Diogo Moreira, sou Auditor-Fiscal da Receita Federal e estou aqui para te ajudar a sair dessa “vida bandida” que é estudar para concursos.

Tomei posse como Auditor-Fiscal da Receita Federal em julho de 2010. Fui parar no Chuí!

Nesse vídeo, conto como foi a ida para lá e o começo dos trabalhos como Auditor, revelando muitas curiosidades que aconteceram pelo caminho!

Como foi a minha posse como Auditor Fiscal e o início do meu trabalho na Receita Federal?

 

Relatos da minha posse:

 

Eu passei para Auditor Fiscal da Receita Federal no concurso de 2009/2010 e tomei posse logo antes do período proibido por causa das eleições de 2010.

Por causa das eleições, não pode haver nomeação entre 3 meses antes da eleição e a posse dos eleitos. A única exceção é se o concurso já estiver homologado.

Naquela época, foi a maior correria. Porque existia um prazo e estava próximo para a gente tomar a posse. E a gente ficou sabendo, “olha, a posse vai ser dia tal”. Se eu não me engano, dia 7 de julho.

Só que eu ia tomar posse no Chuí!!!

Não dava para eu acordar em Vitória e falar, “ah, acho que hoje é o dia da posse”, e pegar e entrar num avião e terminar minha jornada para chegar até o Chuí.

Eu levava 15 horas de Vitória até o Chuí, contando dois voos de avião e um de ônibus.

Dois amigos, que eu conheci no curso de formação, e uma amiga minha de Vitória, íamos todos para o Chuí. Nos encontramos em Porto Alegre, pegamos um carro e fomos para Chuí.

Chegamos lá uma semana antes da data da posse, pois diziam que poderia ser numa data X, mas poderia ser um pouco antes. E cada dia conta para você tomar a posse por causa do concurso de remoção.

Chegamos mais cedo para poder escolher residência, conhecer a cidade, comprar as coisas necessárias para viver lá. Então, foram dias corridos, mas foi bem interessante para conhecer a cidade.

O Chuí mesmo é uma cidade de 5 mil habitantes na fronteira com o Uruguai. Caso você não saiba, ele fica na fronteira com o Uruguai mesmo. O Rio Grande do Sul tem aquela perninha dele no final, certo? O Chuí, está para baixo da metade do Uruguai.

 

Sim, muito frio!

 

Como no concurso de 2010, a maioria das vagas era para fronteira, quase todos os aprovados foram parar na fronteira e chegou comigo uma cambada de gente. Um monte de auditor e muitos analistas também.

Lá no Chuí, os auditores faziam trabalho interno, despacho de importação e de exportação, afinal, é uma fronteira, e os analistas faziam controle de pista, com turistas chegando e saindo, e outros controles mais administrativos.

O pessoal que recebeu a gente estava empolgado para ir embora, porque eles já estavam lá há 4 ou 5 anos, não aguentavam mais morar lá no Chuí, mas eles queriam fazer um trabalho bem feito, eles organizaram alguns treinamentos, eles realmente treinaram a gente para fazer o serviço.

Só que despacho de importação e exportação não são coisas muito difíceis. O de exportação, então, moleza. Mas o de importação também não era muito difícil.

Sinceramente, depois de 2 ou 3 dias sendo treinado, eu já estava conseguindo fazer o despacho sozinho, que consistia em análise documental, análise da empresa no sistema da Receita Federal e, às vezes, análise física da carga.

Sim! Ir lá no pátio e dar uma olhada na carga dentro do caminhão.

E não é nada demais olhar a carga no caminhão, é até interessante, que você sai da sala um pouco, dá uma volta, o problema é que você está no Chuí.

Os ventos são normalmente de 20, 30km/h, todos os dias. E a temperatura pode chegar a 0º. A sensação térmica normal no inverno era -10º, -15º. Sendo de Vitória, aquilo para mim era uma grande novidade.

Eu tinha gostado de ir a Gramado e Canelas, senti um friozinho e tal, mas aquilo ali todo dia, para acordar para trabalhar então… Era triste.

 

E eu descobri algumas coisas interessantes sobre o frio que eu via nos filmes e não entendia o porquê.

 

Por exemplo: sobretudo. Por que que eles usam sobretudo que vai até o joelho, mais ou menos?

Porque meu amigo, quando está frio e venta, o vento entra em qualquer fresta da sua roupa, é impressionante. Eu sentia frio onde a camisa entra na calça. Batia um vento ali, entrava pelo botão da camisa…

Sentia frio no pulso, entre a luva e a camisa, é uma coisa chocante. O frio entra em qualquer fresta. 

Sem contar que no inverno o dia clareava 7h50 da manhã e estava um fio desgraçado.

Não é legal, não recomendo! rs

Mas eu gostei da experiência. Vou falar disso no final.

Inclusive, o Chuí tem praia. Uma das praias mais feias que eu já vi na minha vida, chamada Praia do Hermenegildo. É a praia mais longa do mundo. Ela vai do Chuí até Rio Grande – são 250km de praia. Uma praia só. Não tem pedra, não tem separação, não tem enseada… nada. Tem uma reta de areia impressionante.

É tanta areia e é tão cumprido, que o contrabando costuma passar pela praia e não pelas estradas vicinais. E volta e meia algum contrabando pegava uma maré subindo e ficava ali com o carro atolado e, em seguida, alagado.

Eu me lembro que o pessoal que estava treinando a gente, estava preocupado em realmente fazer um treinamento bacana, e aí um dia a gente sentou com um colega mais velho, que já não tinha esse perfil tão preocupado assim, e ele falou, “olha, vamos lá, vou ensinar vocês a analisar aqui uma declaração de importação. Vamos pegar essa aqui. Leite em pó… Ah, isso aqui passa sempre. Próximo”. 

E os outros colegas olharam horrorizados e falaram, “puts, ele está treinando o pessoal novo desse jeito, ferrou”. Uma colega nossa saiu correndo para falar com um chefe e falar, “pelo amor de Deus, não põe ele no treinamento mais”, e a gente achou um absurdo, nossa, o cara nem olhou o papel e saiu carimbando…

Olha. A gente entrou com todo o gás na Receita Federal e a gente não fez isso. Mas depois de uns 3 ou 4 meses, você olhava assim e falava, “porra, leite em pó… O mesmo leite em pó… Do mesmo comprador, pro mesmo vendedor, com o mesmo despachante…”. Aí vai lá, dá uma olhada, é a mesma coisa, geralmente o caminhão era o mesmo.

Então, o desafio caía um pouquinho nesse sentido, porque o Chuí era uma fronteira pequena. Mas nem tudo estava perdido.

Passava pelo Chuí também alguns caminhões em trânsito. Significa que o despacho não era feito no Chuí, era feito na cidade, para onde a mercadoria estava indo.

E a gente podia para o trânsito. Podia pegar aquele caminhão que vem lacrado – e entra no país lacrado para ser desembaraçado lá no destino -, a gente podia parar e falar, “opa, espere, por essa análise aqui, tem alguma coisa aí, eu quero avermelhar esse trânsito, eu quero jogá-lo para o canal vermelho”. E aí, sim, tinha coisas muito mais interessantes.

Às vezes em que nós fizemos isso, terminaram em procedimentos especiais de fiscalização mesmo. Então, a gente passou meses trabalhando aquilo ali, analisando, mercadorias mais elaboradas, compradores e vendedores maiores e mais problemáticos.

Então, volta e meia, a coisa ficava mais legal.

 

Mas é trabalho, né, pessoal? Se fosse legal, chamaria “futebol”.

 

E, como eu falei, o pessoal que estava lá antes de eu chegar, estava lá há 4 ou 5 anos.

Eu dei muita sorte. O meu concurso em 2009/2010, foi o primeiro que chamou os excedentes. Os excedentes foram chamados um ano depois.

Isso significa que foi feito um concurso de remoção um ano depois, e a gente pôde se movimentar pela Receita Federal.

Um dia vou gravar um vídeo para falar especificamente do concurso de remoção.

Mas, basicamente, eu só precisei ficar lá durante 1 ano e consegui a transferência para Brasília. Eu e mais uma penca de gente.

E aqui em Brasília, um trabalho completamente diferente, uma coordenação nacional, controlando programas, sistemas da Receita Federal, declarações, coisas que impactam o Brasil inteiro.

No começo era bastante desafiador, depois ficou chato para caramba, porque parecia um trabalho de T.I., mas o que eu quero dizer é que existe tudo quanto é tipo de trabalho.

Hoje em dia eu faço um trabalho completamente diferente, já mudei de lugar novamente. Faço análise de processos, pedidos e tal… E é um trabalho com uma outra dinâmica.

E não se preocupe. Quando você entrar, alguém vai te treinar. Às vezes tem até um manual para fazer o trabalho… Outras vezes você vai ter um colega que pacientemente vai te ensinar a trabalhar.

Normalmente é assim.

Claro, às vezes em unidades pequenas, sai todo mundo e chega todo mundo e não tem treinamento nenhum, eu já ouvi falar disso. Mas não é a regra. Geralmente alguém fica e é capaz de treinar.

Você tem dezenas e milhares de auditores trabalhando, então, você consegue pegar o telefone e ligar para alguém, você consegue pedir um treinamento e organizar um treinamento…

Então, algumas pessoas têm essa insegurança de “como é que eu vou fazer para trabalhar, eu não sei fazer nada”… Meu amigo, se você passou num concurso, você vai aprender qualquer coisa, trabalhar é moleza.

E a vantagem é essa: você aprende um trabalho novo, se você não gostar, no próximo concurso de remoção, você pode pedir remoção, mudar de cidade, mudar de setor, ir para algum outro lugar e fazer alguma coisa completamente diferente. Aprender tudo do zero.

 

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