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Por que fui aprovado RAPIDAMENTE e algumas pessoas desistem

Por 10/08/2021agosto 12th, 2021Dicas, Técnicas, Videos

Olá! Meu nome é Diogo Moreira, sou Auditor Fiscal da Receita Federal e estou aqui para te ajudar a sair dessa “vida bandida” que é estudar para concurso.

Por que algumas pessoas são aprovadas rapidamente e outras acabam desistindo? Por que alguns concurseiros leem um PDF e acertam 85% das questões, enquanto outros leem e acertam só 60% ou 50%? Como evoluir para um bom percentual de acerto se você começou mal? Confira!

 

“Diogo, qual é o momento de se preocupar em não ultrapassar os 80% de acerto?”

 

Boa pergunta. Vamos lá. Via de regra temos o seguinte: quando você pega um PDF para ler precisa entender o que está ali. Deve entender e deve interpretar. A frase deve fazer sentido, a expressão que foi citada deve fazer sentido – e estas coisas não acontecem imediatamente.

Então têm duas vertentes: conhecer a matéria (saber o que significa “discricionário”, o que significa “vinculado”, o que é “Câmara”, o que é “Senado”), expressões e nomes mais específicos. E para quem está começando a estudar para concurso do zero, não saberá mesmo, demorará um tempo até saber.

Existe também a sua capacidade de ler e entender. Prestar atenção no que está fazendo, dar significação àquilo e entender. Esta capacidade não vem da noite para o dia.

E se você nunca estudou, se foi aquele aluno mediano que não se dedicou, ou que teve dificuldade, ou aconteceu alguma coisa e não conseguiu aprender muito bem – durante o ensino médio, por exemplo – e você não aprendeu a estudar sozinho nem na faculdade – não sentava para estudar – se simplesmente passou pela vida escolar até aqui é normal e previsível que você não sentará no primeiro dia e sairá rendendo muito.

Seria uma loucura se você conseguisse. Imagine quanta coisa que está envolvida em compreender um PDF, em parar para ler uma aula de Direito Administrativo – você que é formado em Educação Física.

 

Não é trivial e não vem da noite para o dia. Têm várias coisas que melhorarão aos poucos.

 

Compreensão da matéria, a sua capacidade de concentração, sua capacidade de ficar sentado estudando durante muito tempo. As associações que você fará de um assunto com outro, ou com alguma coisa que você estudou anteriormente.

O seu nível de conhecimentos gerais é importante para você fazer estas associações. Fazer analogias “isso aqui é igual não sei aonde que funciona assim assim, assado. Entendi. É o mesmo sistema.” Se você não conhece esse “não sei aonde” não consegue fazer a analogia e não entende bem aquilo. Não memoriza bem aquilo.

No seu histórico, isto é, quem você foi como estudante – seja na escola, seja por conta própria em casa, leitor de livros, por exemplo – conta no início da sua preparação. Então como é que o Diogo passou com nove meses de estudo?

O Diogo fez uma faculdade de Psicologia. Leu muito, lia Filosofia. Lia livros complexos. Às vezes um parágrafo tinha uma página e meia. Às vezes uma frase era meia página de Filosofia. E eu entendia estas coisas. No começo não foi fácil, eu tinha que deixar um dicionário do meu lado, lia duas ou três vezes a mesma frase.

Eu fiz aula de Filosofia na faculdade. O professor chegou para a aula – eram 2h de duração – e distribuiu cópias para todo mundo – era uma página e meia de um texto. Ele falou “pessoal, hoje analisaremos este texto aqui do Nietzsche”

 

Falei “caramba, será uma aula super curta, né?

 

Porque é uma página e meia” e ao final das 2h não tínhamos terminado de analisar o texto do Nietzsche – e era uma página e meia. Então este esforço, esta dedicação, esta dificuldade, este crescimento, eu tive antes de estudar para concurso.

Se você não teve antes, chegará para estudar para concurso e se desenvolverá a partir de agora. Tentaremos encurtar esse caminho e fazer da melhor forma, mas você terá que fazer a partir de agora.

“Diogo, eu não tenho base escolar nenhuma. Fui um aluno ruim. E quando vou estudar, sento e tenho muita necessidade de fazer um resumo. Para poder botar nas minhas palavras, porque se eu não escrever sinto que não estou entendendo. Sinto que eu estou passando batido”

Esse é um sentimento muito comum. É uma coisa que acontece com a maioria das pessoas. Até porque o resumo era uma ferramenta de estudo de antigamente. Antigamente você não tinha ctrl C e ctrl V. O professor passava alguma coisa e dependendo da escola você não tinha nem um livro. Tinha que resumir o que ele falou. Não tinha materiais, o acesso à educação era bastante limitado.

 

Então a cultura geral de estudo é do resumo.

 

Você tem que resumir porque senão não terá o que fazer. Assistirá à aula e depois irá embora e acabou, você nunca mais terá acesso àquilo. No estudo para concurso não é assim. Você tem questões de concurso.

Quando você pega uma questão o enunciado traz uma informação, as alternativas trazem outras informações, a alternativa errada faz você lembrar da coisa certa. A leitura de uma questão já é em si uma revisão do assunto – e o esforço que você faz para lembrar, para memorizar, para forçar aquilo. 

“Mas eu li a aula. Diogo, eu li uma vez o PDF cara. Eu nunca fui um bom estudante. Você quer que eu leia o PDF uma vez e já vá para as questões? Como é que farei isso cara? Não lembrarei de nada.”

Essa insegurança é muito comum. Só que esse esforço, esse desafio, esse medinho, eu tive lá atrás. Eu tive na faculdade, na minha adolescência, quando eu lia livros de Filosofia por conta própria. Eu tive no final da minha adolescência – quando eu gostava de informática e desmontava meu computador inteiro – em 1999 quando instalei Linux no meu computador.

Quando eu mexia no Windows todo – ele era todo personalizado por que eu saía fuçando, e aprendendo, e errando, e fazendo mais. Eu aprendi a bater a cabeça, a pegar uma coisa que eu não entendo e insistir nela até entender – lá atrás. Não foi durante os nove meses de estudo para concurso.

 

Eu me formei um aprendiz antes de estudar para concurso.

 

Por isso eu sentei, li, fiz questões e passei. Fui aprovado. O Diogo que foi aprovado para concurso aprendeu antes. Então se você não tem esse histórico começará a trabalhar isso a partir de agora.

Observe: quando eu instalei Linux do meu computador em 1999 não foi fácil. E não tinha material teórico. Eu estraguei um computador e depois tive que consertá-lo – ele voltou a funcionar.

Eu bati cabeça. E eu não pensava assim “eu não nasci para isso” eu olhava e falava “como é que eu faço isto funcionar?” É este mindset de crescimento que eu já tinha naquela época.

Quando eu comprei meu primeiro livro de Nietzsche e li com um dicionário do lado – aquele Houaiss grandão maneiro – não lia um parágrafo de Nietzsche e pensava “pô, impossível, só o Nietzsche mesmo para entender este texto. Eu jamais entenderei.”

 

Eu não pensava assim.

 

Eu olhava e falava “O que é indelével?” pegava o dicionário e olhava “indelével.. Ah… É perene, permanente. Bacana isso. O que é díspares? Ah… é diferentes” Eu não conhecia essas palavras naquela época. E por eu ter o mindset de crescimento naturalmente – não sei o porquê que tenho, mas tenho – encarava tudo aquilo como desafio.

O cara que começa a estudar para concurso e desiste é o cara do mindset fixo. É o que olha e fala “fui mal nesta prova. Não levo jeito. Estudei tanto e bati na trave. Não é para mim” O Diogo nunca teve esse pensamento na vida dele. O Diogo batia a cabeça, e aprendia, e fazia, e ia embora.

Às vezes desistia de alguma coisa no meio do caminho, mas era sempre com pensamento de “eu sou capaz de aprender, deixe-me ver como é que eu faço isto funcionar” Quando eu estudei para concurso estava com isso tudo pronto.

Se você não tem uma base boa da escola baterá cabeça a partir de agora, mas não significa que não passará. Eu sei de aprovados que demoraram muitos anos até passarem num grande concurso.

 

Pergunte para esses caras se eles estão arrependidos.

 

“Eu queria muito ter aproveitado dos meus 25 aos 29 anos. Poxa, passei quatro anos estudando para concurso e hoje ganho R$25.000 por mês, mas aqueles quatro anos fazem muita falta” Eu nunca ouvi isso. Isso não existe.

O cara com 29 anos passa e começa a ganhar R$20.000 por mês; e tem estabilidade, e a vida está tranquila. Crescerá profissionalmente, crescerá pessoalmente, viajará o mundo inteiro. E adeus. Aqueles quatro anos de sofrimento para passar no concurso apagam-se.

Você tem mais setenta anos pela frente – nossa geração vai até os cem. Tem mais setenta anos pela frente, oitenta de vida para aproveitar, para colher estes frutos. Conheço histórias de quem pareceu que nunca passaria e passou. Por quê? Porque foi se desenvolvendo durante o estudo para concurso.

Me alonguei absurdamente, divaguei completamente aqui – o cafezinho que tomei estava turbinado – mas chegando ao ponto da pergunta da Flaviana. Primeiro, depende do seu histórico.

Eu tenho alunos que foram bons alunos no ensino médio, que foram bons alunos na faculdade, que pegam um PDF, fazem as questões pares e acertam 88%. E eu tenho alunos que pegam e leem o mesmo PDF e acertam 60%.

 

“Diogo, o que você faz?

 

Vira para o cara de 60% e manda ele fazer outra coisa?” Claro que não, porque eu já vi pessoas que no começo acertavam no 60% e foram aprovadas. Não estamos aqui vendendo sonhos “Todo mundo é capaz! Vamos lá! Queremos o seu dinheiro! Vamos lá! Compre o cursinho!” Não é isso.

É porque já vimos muita coisa e no final das contas depende da capacidade da pessoa perseverar. Ela insistir naquele objetivo fazendo a coisa certa, estudando da forma correta, com disciplina e tudo o mais.

E perseverando. Insistindo. Sempre com a ideia de fazer melhor amanhã. “Diogo, tem como melhorar na primeira leitura? Eu quero melhorar já na primeira leitura. Quando eu faço as questões pares ao final da aula quero estar muito bem” Não tem fórmula para isso.

Se você quiser ficar muito bem naquelas questões, botarei você para fazê-las cinco vezes. Você acabará de ler uma aula e fará cinco vezes as mesmas questões. Seu percentual aumentará e você até aprenderá um pouco mais.

 

Mas você perderá muito tempo e não chegará no final da matéria assim.

 

E se você não chegar no final da matéria, não passará no concurso. Fazemos as duas coisas caminhando ao mesmo tempo. Para quem tem uma base ruim: toque o barco. Não é porque “estamos deixando para trás e não importa” mas porque você está no processo de desenvolvimento.

Enquanto você se desenvolve, que tal lermos todas as matérias, termos uma base em todas as matérias sobre a qual conseguiremos construir depois? Essa construção vem com múltiplas revisões, com caderno de erros, com Flashcards.

Tudo isso vem depois de você ter uma base. Leitura da matéria toda, revisão, revisão das pares, revisão das ímpares; terminou de ler a matéria toda, revise tudo. Comece a fazer um caderno de erros.

Está no site de questões fazendo-as e anotando os seus erros no caderno de erros, e relendo o caderno de erros de vez em quando. A cada etapa dessa o seu percentual de acerto aumenta. “Diogo, meu caderno de erros está pronto. Estou relendo-o e ainda assim não estou acertando mais” Use flashcards.

 

Dá um pouquinho mais de trabalho, mas é uma revisão ativa.

 

Você se forçará. Pegará um card que perguntará uma coisa e não tem alternativa para escolher. Ou você lembra ou você não lembra. Dói, é difícil, mas quanto mais difícil, maior o esforço. E quanto mais você memoriza, mais você aprende.

Você olhará para aquele cartão um tempão e desistirá. Depois olhará a resposta e “pu*@!” – vai falar um palavrão – e você lembrará. Não esquecerá mais pois acabou de falar um palavrão e ficou com raiva daquilo – esta carga emocional ajuda a memorizar. Esse é um processo. É o estágio mais avançado.

Então se você está com a matéria toda lida e revisada, caderno de erros feitos, fazendo flashcards, e ainda assim não está melhorando, então pode ficar um pouquinho preocupado. E buscar uma outra forma.

Talvez uma outra ferramenta. Conversaremos de novo. “Diogo, fiz tudo o que você mandou até agora. Preciso de mais alguma coisa” Nós atacaremos uma outra forma de estudar. Essa foi a minha pequena resposta para a sua pergunta.

 

 

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