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Veja como DESCANSAR certo pode te ajudar a APRENDER melhor

Olá! Meu nome é Diogo Moreira, sou Auditor Fiscal da Receita Federal e estou aqui para te ajudar a sair dessa “vida bandida” que é estudar para concurso.

Qual é a importância do descanso na hora de estudar para concurso? Na hora de tentar realizar qualquer coisa de alta performance – como ser aprovado em um concurso grande com salário grande – como medimos a importância do descanso?

Deve-se descansar ou não em algum momento? Será que temos que ir até o limite? Dá para passar desse limite? O que acontece quando você passa dele? Saiba agora.

 

A IMPORTÂNCIA DE DESCANSAR.

 

Eu já defendi em diversos vídeos – e por conta da minha própria experiência – que é importante descansar. Eu tive a oportunidade de largar o meu emprego na época em que estava estudando, e eu estudava durante o dia – de manhã e de tarde – mas não estudava à noite.

E se você acha que é bobeira “o cara largou o emprego, então estava tranquilo”, saiba que a maioria das pessoas que estão nessa posição não se dão o direito de descansar, de tirar um tempo e de relaxar.

De ter um momento de lazer. Porque fazem uma auto-cobrança muito grande, achando que precisam estudar sem parar, a cada momento e a cada minuto. Senão deveriam estar fazendo outra coisa.

Mas a verdade é que, enquanto eu estudava, organizei-me para estudar de manhã e de tarde. Porque estudar de manhã, de tarde e de noite, me deixava mais cansado, mais para baixo, parecia que meu dia não era nada.

 

Não conseguia tirar a cabeça dos estudos.

 

E eu não conseguia sustentar isso durante muitos dias ou semanas. Então quase toda noite eu assistia um filme. Ou via um episódio de alguma coisa.

E aquele era o momento que eu tirava a cabeça dos estudos e relaxava. Uma outra fonte de lazer que eu tinha era jogar videogame. Sempre gostei de videogame. Só que eu não jogava à noite porque me deixava agitado, e atrapalhava-me a dormir.

De noite eu queria estar relaxado e pronto para deitar cedo, e acordar no dia seguinte. Perceba que tudo foi mais ou menos proposital e intencional, para que eu tivesse um momento de descanso que também me ajudasse na preparação.

Outra coisa que eu fiz – nem foi tão planejada assim – foi praticamente parar de estudar completamente faltando três ou quatro dias para a prova. Eu comecei a me sentir mal, meu astigmatismo disparou nas últimas semanas. Comecei a ficar tonto ao ler.

E eu simplesmente falei “se eu insistir, vou passar mal. Ficarei enjoado lendo. Vou parar. Já estudei durante nove meses e faltam só três ou quatro dias para a prova. Não serão esses quatro dias que farão diferença na minha aprovação”. Assim pensei eu.

Fui para a praia, joguei tênis, caminhei, fui para a fazenda com meu pai. Enfim, parei de estudar praticamente tudo. Só peguei umas decorebas nos últimos dias, mas estudei poucas horas por dia.

 

Quero te contar uma história interessante.

 

Uma coisa que aconteceu em 1954 em Oxford, na Inglaterra. Existe uma prova de corrida chamada one mile. Os corredores precisam correr uma milha – 1600 metros. Naquela época o recorde era de 4 minutos. Ninguém nunca tinha conseguido fazer 1,6 km em menos de 4 minutos.

Foi uma coisa que tantas pessoas tentaram, e se chegou tão perto tantas vezes, que parecia humanamente impossível correr essa distância em menos de 4 minutos. Algumas pessoas faziam 4 minutos e 3 segundos, 4 minutos e 2 segundos, 4 minutos e 1 segundo, mas ninguém fazia abaixo de 4 minutos.

Naquela época houve um corredor que disse: eu farei abaixo de 4 minutos. O nome dele era Roger Bannister. E ele treinava, corria bem, chegou há alguns segundos de conseguir fazer abaixo de 4 minutos. E ele dizia “eu vou fazer”. espalhou, divulgou bem essa decisão.

Faltando duas semanas para a prova, depois de treinar muito bem durante meses, ele foi para as montanhas da Escócia com os amigos e ficou caminhando, passeando, e não correu nenhuma vez nas duas semanas que antecederam a prova. Ele simplesmente foi para as montanhas relaxar.

Manteve a caminhada, o hiking – que é uma caminhada vigorosa e difícil -, mas não é uma corrida. E isso deixou todo mundo assim: “o que esse cara está fazendo? As pessoas treinam até o último dia para conseguir a explosão, e ter a performance necessária para correr abaixo de 4 minutos”.

E nessas duas semanas ele não só não treinou como não conversou sobre treino e não falou dessa prova. Ele e os amigos estavam pensando em outras coisas, estavam apenas relaxando.

Como Bannister treinava com muita frequência e de forma muito vigorosa, mesmo que estivesse fazendo caminhada nas montanhas, é como se ele não estivesse treinando. Mas sim, descansando. Para ele aquelas caminhadas eram moleza.

 

Faltando alguns dias para a prova, ele retornou à Inglaterra.

 

E nos três primeiros dias após o retorno não treinou, só descansou. Ninguém entendia nada. A prova era daqui a cinco dias e esse cara estava descansando enquanto todo mundo treinava. O que está acontecendo?

Por três dias ele descansou. E nos últimos dois dias fez um pouco de musculação e alongamento. Ele acordou os músculos, mas não tentou fazer aquela prova de 1,6 km. Chegou o dia da prova. Começou a correr.

Corria bem, mas nada abaixo do normal. Eram quatro voltas de 400 metros. Ele fez a primeira volta, fez a segunda e a terceira, tudo num tempo normal. Estava – na terceira volta – com 3,07 min. Não estava abaixo de 1 minuto a cada 400 metros.

E de repente – faltando esses 400 metros – ele começou a se distanciar dos outros corredores e ganhar velocidade, deixando todo mundo para trás. E a multidão ficou enlouquecida. Começou a gritar.

Ele terminou a prova. E o narrador no microfone dos alto-falantes anunciou: “senhoras e senhores, Roger Bannister, atleta amador, conseguiu, nesta prova, fazer um tempo que é um recorde desta Universidade, deste país, um recorde do Império Britânico, novo recorde mundial de 3 minutos…”

A galera começou a gritar e ninguém nem ouviu quanto tempo ele fez de verdade. Foi aquela explosão de alegria. Todos ficaram chocados e surpresos. Ele fez em 3 minutos e 59 segundos e 4 décimos de um segundo. Mas foi abaixo de 4 minutos, portanto, um novo recorde mundial.

Claro que pode parecer um pouco exagerado ou extremo ir para as montanhas faltando duas semanas para a prova. Mas um outro coach de atletas de alta performance e ex-atleta, Max Dickson, foi entrevistado uma vez.

 

Perguntaram a ele “o que faz a diferença de um atleta top do melhor atleta?”

 

E a resposta dele não foi o treino, não foi o mindset, nada disso. Foi o descanso. Os atletas que ficam em primeiro lugar sabem descansar e fazem do descanso uma parte fundamental do treino.

E Dickson falou que era difícil fazer um atleta de alta performance descansar. Os caras só queriam saber de correr e correr, no caso dos nadadores, nadar e nadar. Em suma, treinar o dia inteiro. Ele não conseguia, às vezes, convencê-los a descansar, a não fazer nada. Ficar em casa e dar um momento de pausa nos trabalhos.

Ele começou a colocar o descanso como uma atividade da agenda. Não era só descanso, era suporte de recuperação. Ele colocou como uma atividade, uma coisa ativa. Assim, conseguiu convencer os atletas a descansar. Dickson ficou conhecido como o recovery coach. Era o coach da recuperação, de descansar realmente.

Na sociedade atual, em que todo mundo precisa se esforçar, precisa mostrar-se, todo mundo se comparando o tempo todo. Agora, falando desse mundo atual de 2022 em diante, é muito difícil você ter coragem, às vezes frente a um familiar, frente a um amigo, frente ao Instagram, de descansar.

De pegar os estudos e falar “Agora deu. Eu bati a minha meta, vou parar por aqui”. E isso foi algo que eu fiz quando estudei. Eu tinha uma meta diária – no meu caso era de 6h líquidas por dia – e quando eu fazia as 6h, parava. E quando eu me organizava bem durante o dia, conseguia bater essa meta ainda mais cedo.

 

Ao invés de estudar um pouquinho mais, eu descansava mais cedo.

 

Eu tinha mais tempo de lazer. Eu ganhava motivação para me organizar e terminar os estudos no horário, porque eu teria mais tempo de lazer e de descanso. Ia correr no calçadão segunda-feira, jogava futebol quarta-feira à noite. Eram atividades físicas importantes para me sentir bem e aguentar estudar.

E nos outros dias eu basicamente assistia filmes e seriados. Domingo eu ia para a fazenda com meu pai e trabalhava nela. Esses momentos, para mim, eram parte da preparação.

Muitas pessoas, infelizmente, tem essa auto cobrança. De achar que estão devendo alguma coisa a alguém e por isso não podem descansar, não podem deixar os outros ver que estão num momento de pausa. E não enxergam que isso faz parte da preparação.

Se você gostou desse vídeo clique em curtir, por favor, se inscreva no canal se ainda não se inscreveu. E nos vemos no próximo vídeo. Um grande abraço e até lá.

 

 

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Muito obrigado e até a próxima!

 

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Deixe seu comentário 3 comentários

  • Ivete disse:

    Parabéns Diogo, suas palavras são sempre inspiradoras e importantes nesta jornada árdua.

  • jacqueline de assuncao soares disse:

    Boa… muito bom ter trazido esse assunto que quase sempre esquecemos.

  • Jailson eudes alves disse:

    Muito bom vc falar sobre esse assunto do descanso, uma vez que pensamos que bater a meta e estudar o dia todo manha, tarde e noite e quando nao fazemos fica a cobranca, sentimento de culpa.
    Maioria dos coach so falam que tem que estudar 10hs diarias, nao fala no descanso.

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