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Para quem foi mal no concurso da PRF 2021

Por 13/05/2021maio 17th, 2021Dicas, Editais, Técnicas, Videos

Olá! Meu nome é Diogo Moreira, sou Auditor Fiscal da Receita Federal e estou aqui para te ajudar a sair dessa “vida bandida” que é estudar para concurso.

Você estudou para o concurso, se dedicou, ficou seis, nove, doze meses, dois anos estudando; fez agora, por exemplo, a prova da PRF e foi mal. Não conseguiu ser aprovado. O que você fez de errado? O que poderia ter sido feito melhor? O que vai ser de você agora?

 

Hora da autocrítica ou então da auto-flagelação? O que eu fiz? Eu não nasci para isso?

 

Não tem jeito, concurso é muito difícil? Começa toda aquela crise. Mas o que me motivou a gravar esse vídeo aqui foi um direct. Um direct que recebi no Instagram dizia o seguinte:

“Diogo, eu estudei via questões igual você ensina. Fiz 71 pontos líquidos na PRF, e não deu certo. Estudar via questões não funciona mais. A banca mudou.”

E aí isso me deixou com a pulga atrás da orelha. Vamos lá. A primeira coisa é: você não estuda via questões para adivinhar as questões que vão cair na prova – porque a banca sempre repete. Até repete de vez em quando algumas coisas, mas não é para isso que você revisa via questões. Você revisa para treinar a resolução de questões.

Que é do que se trata um concurso. Você vai lá resolver questões. Você faz isso porque é melhor para a memorização de longo prazo. Fazer questões é uma revisão ativa, ao contrário de ler um resumo ou alguma coisa que você anotou – que é uma revisão passiva. Então a revisão ativa funciona melhor para a memorização de longo prazo.

Gente, se estudar para concurso fosse apenas fazer questões, não haveria um canal aqui no YouTube ensinando a estudar para concurso há mais de cinco anos. Seria só fazer um site e botar lá: faça questões. Não funciona assim. Não é só isso.

Por exemplo, eu tenho curso de técnicas de estudos chamado: acelerador de estudos. Nele eu ensino a estudar para concurso: começo, meio e fim da preparação, direitinho. Os alunos assistem comigo ao vivo, vou tirando dúvidas enquanto ensino as coisas. Esse curso no total dessas três aulas dura 4h30.

E vocês me conhecem, não tem encheção de linguiça, eu não fico ali “blah blah blah”, eu sou um cara direto, curto e grosso. Como esse vídeo ensinando a estudar para concurso dura 4h30? Vou te mostrar mais ou menos aqui o conteúdo dele só para você ter ideia. Se quiser dar um pause para ler todos os itens.

 

Mas é muita coisa que você tem que levar em consideração na hora que você estuda para concurso.

 

Se você pegar os últimos três itens: rotina e disciplina, você é um sistema, e aprovado: autodidata resolvedor de problemas. Só nesses três itens você poderia ter um outro curso inteiro de quatro ou cinco horas de duração para te ensinar: organização pessoal, como controlar melhor seus horários, inclusive tem até um outro programa sobre isso chamado: hábitos do aprovado.

Ciclo de estudos, revisões periódicas, como revisar vídeo-aulas, como revisar exatas, como evoluir o seu ciclo de estudos, como fazer caderno de erros, flashcards. É muita coisa envolvida no estudo para concurso. Não é simplesmente “Ah Diogo, eu revisei via questões e não deu certo”.

Existe uma curva de aprendizagem, não só das matérias do concurso, mas também da arte de estudar. A maioria das pessoas infelizmente não aprende a estudar na escola.  A escola de fato não ensina a gente a estudar direito – pelo menos não nos ensina a estudar sozinhos em casa.

Então você antes tem que se tornar um bom aluno, para depois se tornar um aprovado. Às vezes algumas pessoas precisam de seis meses – eu conheço quem passou na Receita Federal com seis meses de estudo – eu passei com nove.

Eu conheço pessoas que demoraram quatro anos para serem aprovadas no cargo, por exemplo, de Procurador – que é um cargo excelente e vale um investimento de quatro anos. Cada um tem a sua curva de aprendizagem. Cada um vai evoluindo aos poucos. Sim, de fato, algumas coisas não servem para todo mundo. Algumas pessoas têm peculiaridades. Mas são exceção. Se você é uma pessoa normal que segue outras pessoas no YouTube, no Instagram, você sempre se acha a exceção.

 

Então eu digo: revise via questões.

 

Isso é comprovado pela ciência como uma forma boa de revisar e fazer memorização de longo prazo. Resumos não são muito bons. Mas o próprio caderno de erros que eu ensino é uma espécie de resumo. É uma revisão passiva, mas usamos de uma forma bem pontual, lá na frente. Muita coisa envolvida na hora que você vai estudar para concurso.

Mas passada a prova a primeira coisa que você tem que fazer é uma autocrítica, um auto-diagnóstico. “Onde eu fui mal?”. Pegue as questões que você errou na sua prova e analise. Eu errei conceitos? Era uma coisa que eu realmente não entendia? Ou então esse conceito não estava no meu material, meu material era ruim e não ensinava isso aqui?

Ou então, “Putz, isso aqui era decoreba. Eu até vi, mas esqueci”. Eu não separei as decorebas? Eu não separei os pontos de dificuldade? Que é o que eu faço com caderno de erros, por exemplo. Errei decorebas? Ou então, errei a literalidade da lei? A lei dizia tal coisa e eu esqueci? Então a letra da lei, a literalidade da lei, é um outro tipo de erro.

Tente classificar os seus erros para você identificar que tipo de questão tomou ponto na sua prova. Que tipo de ênfase você tem que dar na sua preparação para tapar esses buracos, para poder melhorar aquilo que você está fazendo. Ou então “Ah Diogo, eu foquei nos assuntos mais cobrados e a banca mudou, não deu certo aquela história”.

Isso, por exemplo, a análise estatística dos assuntos mais cobrados, é uma coisa que eu forneço na Comunidade Estudo Completo; e a planilha em que vão essas informações eu chamo de tática de guerrilha. É uma tática de desespero.

 

É de quem não tem mais o que fazer, tem pouco tempo e precisa tentar maximizar o ganho de pontos.

 

E é uma tática indicada só para matérias coadjuvantes, mais fáceis, de menor importância. Não pode ser a base da sua preparação. O problema da internet hoje é que você vai encontrar relatos de quem estudou só os assuntos mais importantes, estudou pouco tempo e foi aprovado.

Essa é a exceção, não é a regra. E essas exceções marcam vocês. Gostam de ler e falar “nossa, era possível”. Então acalme-se. Estudar só os assuntos mais cobrados não costuma funcionar, não só porque a banca cobra, ou muda, ou varia, alguma coisa assim; mas porque não deu tempo de você amadurecer como estudante.

Se você pegar a aula 1 do seu material e lê-la várias vezes, não entenderá tudo que está nela. Têm coisas que só vão ser explicadas na aula 7, na aula 8. O Direito, por exemplo, não tem começo, meio e fim. Os professores dividem em aulas, em tópicos, etc.

Mas algumas coisas só fazem sentido depois que você tem uma noção geral. Depois que você entende o quadro geral do direito constitucional, ou do direito administrativo. E isso significa experiência. Significa maturidade.

Outro aspecto importante é o emocional. Como você estava no dia da prova? Você exagerou na carga horária faltando poucos dias? Ou você deu uma descansada? Colocou a cabeça no lugar? Como é que estava o emocional na hora?

Você chegou atrasado e ficou esbaforido? Estava preocupado com a Covid-19, alguma coisa assim? Cuidado. O seu emocional também é importante. Tem pessoas que sofrem crises de ansiedade nas últimas semanas antes da prova – ou pior, no dia da prova – e por conta disso obtém resultados ruins.

Aqui no meu canal no YouTube eu entrevistei uma vez a minha esposa, Auditora do Tribunal de Contas do Distrito Federal. Ela tem uma história completamente diferente da minha. E se você não assistiu, vale a pena. Vou botar um link aqui.

 

Ela contou que estudou para concurso durante dez anos.

 

Ela tentou a prova de Auditor da Receita em 2005 estudando um mês – ela jurava que ia ser aprovada porque tinha lido toda a apostila que comprou na banca de jornal – e continuou estudando. Passou no Banco do Brasil, Ministério da Saúde e Controladoria Interna do GDF. Vários concursos – até do Banco Central. Até conseguir o cargo de Auditora do TCDF.

E foram dez anos. Não foram dez anos ininterruptos. Ela passou, ficou um, dois anos sem estudar; estudou de novo, passou em outro concurso; um, dois anos sem estudar. O que ela adquiriu no decorrer dos dez anos? Experiência. Conhecimento. As coisas foram fazendo mais sentido, os estudos diversificados foram sempre acrescentando.

Então com nove anos de estudo para concurso ela entendia direito constitucional para caramba. Esquecia detalhes, algumas coisas sumiam da memória, mas tudo fazia mais sentido para ela. O estudo era mais completo porque ela tinha muita experiência.

 

Então estudar pouco tempo para concurso é exceção.

 

O normal é você estudar um ano, dois anos, três anos, dependendo do cargo. E esquecemos isso – todo mundo é muito imediatista hoje em dia. Então acalme-se. Ajuste as velas. Faça uma autocrítica, faça um auto-diagnóstico, veja o que você fez que não foi legal e que pode ser melhor.

Fuja das fórmulas mágicas. Não é hora agora de reverter completamente a sua forma de estudar. É hora de aparar as arestas. Sempre vem outros concursos, sempre acontecem outras provas, acabamos de passar por anos das maiores secas, na fase de grande seca nos concursos públicos.

Isto tende a não ser sustentável – porque a máquina pública é grande e precisa de reposição. Então pode ser que venha a ter concursos nos próximos anos. Especialmente se a economia e, por consequência, o orçamento, se ambos melhorarem. Acalme-se, ponha a cabeça no lugar.

Continue  estudando, faça a sua parte. Às vezes demora um, dois, três, quatro anos. Mas sempre vale a pena. Se você gostou desse vídeo clique em curtir. Por favor, se inscreva no canal se você ainda não se inscreveu. E se você conhece alguém que fez a prova recentemente – especialmente da PRF 2021 – compartilhe esse vídeo para ver se ajudamos essa pessoa. Beleza? Um grande abraço e até a próxima.

 

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Muito obrigado e até a próxima!

 

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